GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA
O PME, em sua Meta 19, orienta que a nomeação dos Diretores e Diretoras de escola considere critérios técnicos de mérito e desempenho, bem como a participação da comunidade escolar para garantir o modelo de gestão democrática. Ora, entendemos que esse deve ser o modelo que Mata deve seguir, a partir dessa construção do Novo Plano de Carreira, onde seja garantida, pelo voto, a participação da comunidade no processo de escolha dos gestores (as). Inclusive esse modelo já foi comprovado por pesquisas que é o melhor. Como pode se verificar: “Alguns estudos mostram que a maneira como um diretor chega ao cargo é importante: escolas que têm diretores escolhidos por processos que envolvem provas seguidas de eleições, ou pelo menos, via eleição, tem alunos que aprendem mais do que aquelas em que o diretor é fruto da indicação política. Como costuma acontecer no Brasil, privilegiamos o caminho errado: os dados mostram que 46% dos diretores de nossas escolas chegaram ao posto por indicação de alguém” (Gustavo Ioschpe). Não podemos mais aceitar um modelo de escolha de gestores onde professores, pais, estudantes e servidores fiquem de fora do processo. Democracia se faz com participação.
Política e educação: dois lados da mesma moeda
Platão, sabiamente, ao falar de Política em sua obra prima a Republica se valeu pedagogicamente de um Mito para tornar acessível o seu pensamento sobre o Tema em baila. Refiro-me ao Mito da Caverna, onde ele retrata uma caverna sombria onde homens cresceram e viveram acorrentados, sem ter acesso ao mundo exterior, acreditando unicamente nas “verdades” produzidas pelas sombras que eram projetadas pelo Sol no interior da caverna”. Um belo dia, um desses homens escapou da corrente e caminhou em direção á saida da caverna. Ao ver a luz do sol e perceber o mundo exterior cheio de cores, bem diferente do mundo sombrio da caverna, retornou ao interior do buraco para contar o que viu aos seus contemporâneos. Infelizmente ele ele não foi compreendido pelos cavernosos que terminaram o matando.
A política pode ser classificada como o grande mundo da caverna, onde são produzidas inúmeras sombras sobre a realidade social e politica, cabendo-nos, como pensadores, desvendá-las, saindo da caverna e buscando a realidade iluminada pelo “Sol”, pela verdade. Esse deslumbre da realidade só é possível por meio da investigação, do estudo.
Nós, professores, temos o dever de ser portadores da verdade. Somos responsáveis por tirar os nossos jovens e a nossa sociedade do mundo das sombras da ignorância, e conduzi-los á verdade. Devemos assumir uma postura política baseada na critica e no discernimento do bem e do mal, para sermos espelhos para as novas gerações.
Manoel Jorge Barreto Costa
Bacharel em Filosofia
Licenciado em Filosofia
Pós-graduado em Letras
Diretor Sindical da APLB Sindicato de Mata de São João